Outras Luas
1. A Lua de Joana de Maria Teresa Gonzalez, está agora teatralizada pela Artyaplausos em Carnide ( Cento Cultural Franciscano no Largo da Luz), e vale a pena, por várias e boas razões : O texto muito bom e apelativo pela sua simplicidade, vai ao encontro das tentações dos jovens da nossa geração. A dramatização é excelente com uma interpretação fora de série, da actriz Filipa Oliveira ( Joana), mas também uma muito boa prestação, do Rui Simões e da Mara Galinho, todos conhecidos do publico jovem, pela participação nos Morangos com Açúcar. De salientar a dedicação e empenho da Artyplausos, lutando contra tudo e todos para levar a cabo esta peça sem qualquer apoio do estado, o que já vem sendo raro, num país como o nosso, em que a cultura nasce, vive e morre de subsídio ou da falta dele. Espectáculos ao sábado às 21H30 e domingo às 16H. Não deixem de ir sobretudo quem tem filhos jovens e percebe que as vozes, outras vozes, são de facto tentadoras.
2. Referendo. A maior parte não tenciona ir votar o que é lamentável. O que referenda um referendo se a população se abstém de expressar a sua opinião? Esgrimem-se argumentos de parte a parte e ainda outros tantos argumentos muito fortes pela abstenção: não há instituições capazes, a adopção é um marasmo, o estado não sabe, não pode, não quer ajudar de uma forma efectiva estas mães e estas crianças que não pediram para vir ao mundo… Para quê ir votar?
Pior do que a vitória do sim, é a vitória da abstenção, porque ela significa que ninguém luta realmente por nada, demitem-se, já nada vale a pena. Como defensora do “não”, continuo a bater -me pelo direito à vida. Quer queiram quer não é disto que se trata: violar o mais elementar dos direitos humanos - o direito à vida. Tudo o resto vem depois. Quantos casais esperam anos pela adopção de uma criança e a resposta do segurança social é sempre a mesma: “não há assim tantas crianças adoptáveis”… Melhor do que a voz de qualquer mandatário, qualquer texto bem escrito, qualquer argumento legal, é a voz daquelas tantas mães que, muito jovens ainda, resolvem levar a gravidez indesejada para a frente. Peço-vos que antes de decidirem ouçam, sintam o amor com que criaram os filhos, ouçam, sintam as dificuldades que passaram, mesmo com um pai inexistente, mesmo com vergonha e medo. Elas conseguiram. Nós estamos cá para lhes dar a mão. Para quê matar, então?
2. Referendo. A maior parte não tenciona ir votar o que é lamentável. O que referenda um referendo se a população se abstém de expressar a sua opinião? Esgrimem-se argumentos de parte a parte e ainda outros tantos argumentos muito fortes pela abstenção: não há instituições capazes, a adopção é um marasmo, o estado não sabe, não pode, não quer ajudar de uma forma efectiva estas mães e estas crianças que não pediram para vir ao mundo… Para quê ir votar?
Pior do que a vitória do sim, é a vitória da abstenção, porque ela significa que ninguém luta realmente por nada, demitem-se, já nada vale a pena. Como defensora do “não”, continuo a bater -me pelo direito à vida. Quer queiram quer não é disto que se trata: violar o mais elementar dos direitos humanos - o direito à vida. Tudo o resto vem depois. Quantos casais esperam anos pela adopção de uma criança e a resposta do segurança social é sempre a mesma: “não há assim tantas crianças adoptáveis”… Melhor do que a voz de qualquer mandatário, qualquer texto bem escrito, qualquer argumento legal, é a voz daquelas tantas mães que, muito jovens ainda, resolvem levar a gravidez indesejada para a frente. Peço-vos que antes de decidirem ouçam, sintam o amor com que criaram os filhos, ouçam, sintam as dificuldades que passaram, mesmo com um pai inexistente, mesmo com vergonha e medo. Elas conseguiram. Nós estamos cá para lhes dar a mão. Para quê matar, então?
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